"Reza quem é de rezar, brinca aquele que é de brincadeira
Quem é de paz pode se aproximar (...)"

DOCUMENTO GRIOT


MEMÓRIA POR UM
 FIO:
 
AS GRAVAÇÕES HISTÓRICAS DE STANLEY J. STEIN 


Jongo, também conhecido como caxambu ou tambu, é uma dança e um gênero poético-musical característico de comunidades negras de zonas rurais e da periferia de cidades do sudeste do Brasil. Praticado sobretudo como diversão, mas comportando também aspectos religiosos, o jongo originou-se das danças realizadas pelos escravos nas plantações de café do Vale do paraíba, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, e também em fazendas de Minas gerais e Espírito Santo. O Jongo faz parte de um amplo grupo de danças afro-brasileiras (exemplo: Batuque, Candombe, Tambor de criola, o Zambê, etc.). Existem elementos em comum como o uso de 2 ou mais tambores, feitos de troncos de árvores escavados, cobertos de couro em uma das extremidades, afinados com o fogo; o estilo vocal composto por frases curtas cantadas por um solista e repetidas ou respondidas pelo coro; uma linguagem poética metafórica e a presença da umbigada, elemento coreográfico característico em que 2 dançarinos aproximam o ventre. Esses elementos possuem laços com as práticas culturais dos ionpovos bantu da África central e meridional, de onde veio a maioria dos escravos que trabalhavam nas fazendas do Sudeste do Brasil.


Jongos

Como já foi citado acima o Jongo não é só dança, mas também cantigas, conhecidas como pontos.
Os jongos ou pontos são cantados em português, mas frequêntemente aparecem palavras e expressões de origem bantu (exemplo: cangoma, angoma, cacunda). Formado por versos curtos os pontos são tirados ou jogados ou iniciados por um participante e respondidos pelo coro por alguns minutos até que um dos presentes ponha a mão sobre os tambores e grite "machado!" ou "cachoeira!", para que um novo ponto seja iniciado. No decorrer da noite os pontos desempenham várias funções diferentes, para animar a dança (pontos de visaria ou bizarria), para saudar pessoas ou entidades espirituais (pontos de louvação), para desafair outro jongueiro por meio de adivinha a ser decifrada (pontos de demanda, gurumenda ou porfia), ou para encerrar o jongo (pontos de despedida).
A característica central é a linguagem da poética metáfora para transmitir uma mensagem ou enigma a ser decifrado ou, no linguajar dos jongueiros, desatados pelos participantes.
Muitas vezes os pontos são difíceis de decifrar pelos não-escravos. isso permitia que o jongo fosse usado pelos escravos como crônicas da vida no cativeiro, como destaca Stein:
O caxambu era uma oportunidade de se cultivar o comentário irônico, hábil, frequentemente cínico, acerca da sociedade dentro da qual os escravos constituíam um segmento tão importante (...) Dentro desse contexto, os jongos eram canções de protesto, reprimidas mas de resistência.
Outros recursos estilísticos usados pelos jongueiros baseia-se fortemente na tradição coletiva, sem falar nos muitos pontos que se difundiram no tempo e no espaço.


Tava dormindo cangoma me chamou
Levanta povo que o cativeiro já acabou
Tava dormindo cangoma me chamou
Levanta povo que o cativeiro já acabou

*O livro-CD Memória do Jongo – As Gravações Históricas de Stanley J. Stein – Vassouras, 1949, de autoria de Silvia Hunold Lara e Gustavo Pacheco, livro que se baseia numa perspectiva histórca e sociológica que contraria a visão dos viajantes e folcloristas da época. Foi lançado na noite deste sábado, 31 de maio, no Rio de Janeiro. O projeto foi realizado pela Fundação de Desenvolvimento da Universidade de Campinas (Unicamp), com patrocínio da Petrobras e apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet.
Jongo do Sudeste – Uma das mais importantes manifestações da cultura afro-brasileira trazida pelos escravos da região Congo-Angola, que floresceu e se desenvolveu no Sudeste do Brasil em meados do Século XIX. O Jongo do Sudeste envolve canto, dança e percussão de tambores e também é conhecido por tambu, tambor e caxambu, entre os praticantes. Reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural Imaterial, em 2005, foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão. Leia mais. Leia mais.

Resumo realizado pela Professora Marcia Fonseca (Pesquisadora do GRIOT e professora na rede pública de cabo frio)



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O TERMO GRIOT





GRIOTS - OS GUARDIÕES DA TRADIÇÃO ORAL


Até os dias atuais, a maior parte das sociedades africanas subsaarianas dá grande importância à oralidade, ao conhecimento transmitido de geração para geração por meio das palavras proferidas com cuidado pelos tradicionalistas - os guardiões da tradição oral, que conhecem e transmitem as ideias sobre a origem do mundo, as ciências da natureza, a astronomia e os fatos históricos.
Alguns ofícios existentes nas sociedades africanas estão relacionados à tradição oral, a um conhecimento sagrado, a ser revelado e transmitido para as futuras gerações; é o caso dos ferreiros, carpinteiros, tecelões, caçadores e agricultores. Os mestres que realizam essas atividades fazem-no ao mesmo tempo em que entoam cantos ou palavras ritmadas e gestos que representam o ato da criação.

Os griots ou animadores públicos também são tradicionalistas responsáveis pela história, música, poesia e contos. Existem griots músicos, tocadores de instrumentos, compositores e cantores, os griots embaixadores, mediadores em caso de desentendimento entre as famílias, e os griots historiadores, poetas e genealogistas, estes são os contadores de história. Nem todos os griots têm o compromisso com a verdade como os demais tradicionalistas.





O aprendizado de um tradicionalista ocorre nas escolas de iniciação e no seio familiar, no qual o pai, a mãe e os parentes mais velhos também são responsáveis pelos ensinamentos, por meio de suas próprias experiências, lendas, fábulas, provérbios e mitos sobre a criação do mundo, o papel do homem no Universo, a existência do mundo dos vivos e dos mortos.


Acervo de informações sobre cultura popular

Falando de JONGO 2
 

A LINGUAGEM CIFRADA NOS “PONTOS” DE JONGO

Maria Vergínia Chambela Costa (UCB) 



A pesquisa em questão diz respeito a uma análise da linguagem cifrada nos pontos de Jongo com a intenção de mostrar a riqueza de linguagem que existe nessa manifestação folclórica.

As manobras estilísticas (Ducrot, 1977) e os jogos lingüisticos através da mutação semântica das palavras (Giraud - 1975) estão sempre presentes.

É uma palavra oriunda do quimbundo, língua dos indígenas bantos de Angola. É um rítmo que chegou ao Brasil- colônia, com os negros trazidos como escravos para o trabalho forçado nas fazendas de café do Vale do Paraíba.

Os bantos são membros de uma grande família etnolinguística dos escravos chamados angolas, congos,cambindas, benguelas e moçambiques e foram os primeiros escravos que chegaram ao Brasil.

A dança do Jongo é de intenção religiosa -fetichista, podendo ser considerada afro-brasileira. É uma coreografia de roda, com movimentos circulares no sentido contrário aos dos ponteiros do relógio. Dança-se ao som de dois tambores: um grande“tambu”, outro pequeno, “candongueiro”; de uma “puíta”ou “cuíca”. Usam também “guaiás”(chocalhos).

Os jongueiros procuram vencer um ao outro num desafio, através dos “pontos” do jongo. A dificuldade reside no texto dos pontos, pois são todos enigmáticos e metafóricos.

“Ponto é uma pergunta versificada, cantada, falada ou declamada que o adversário precisa adivinhar o que seja. Se adivinha ele “desata” ou “desamarra” o ponto.

Os pontos encerram um sentido simbólico que dá às palavras uma semântica peculiar aos jongueiros, possibilitando o entendimento entre eles. As frases curtas retratam o contato com a natureza, o dia-a-dia do trabalho braçal nas fazendas, a revolta com a opressão sofrida e a saudade da África. Sempre no linguajar do homem rural.

Os escravos trouxeram com eles o ritmo africano para cultuarem, em seus rituais, os seus ancestrais e deuses. Aqui aconteceu o que é chamado pelo folcloristas de “funcionalidade do folclore”, baseado no fato de que o povo não conhece o ato gratuito, tudo o que faz tem um destino ou preenche uma função. O fato folclórico se modifica de acordo com a sociedade.

Esses escravos se comunicavam através de mensagens secretas, onde protestavam contra a escravidão, zombavam dos patrões publicamente, combinavam festas de tambor e fuga.

Segundo Ducrot (1977), quando fala sobre “O implícito fundado na enunciação”, o ato de usar a palavra não é, “nem um ato livre, nem um ato gratuito”. Não é livre porque algumas condições devem ser satisfeitas para que se faça uso da fala; não é gratuito, porque toda fala apresenta-se motivada, pois está sempre respondendo a certas necessidades ou visando a certos fins.

Os jongueiros aprenderam a trocar o sentido das palavras, criando um novo vocabulário para se comunicarem entre si e fugirem do castigo dos senhores que não entendiam esta linguagem cifrada, enigmática e metafórica.

Ex: quando algum escravo via o senhor chegando, avisava aos outros através do ponto.
Ei campo quimô
Ei campo quimô
Piquira tá curiando
Piquira tá curiando, é...
Nota: piquira é um peixinho muito pequeno e os escravos eram os piquiras em atividade.
E quando não o avistavam com tempo de avisar aos companheiros cantavam:
O cumbi virô, ei, ei, ei
o cumbi virô ,ei, ei, ei
cumbi, á, á, á, á, á,
Nota: cumbi era o “sole”. Simbolismo de autoridade, sol e sinhô.
E ao terminarem as atividades e chegada a hora de ir embora , cantavam: “Vamo simbora ,vamo simbora
A coroa do rei alumiô”.
Nota: a lua já havia aparecido. A lua era a coroa do rei, do sol. Era noite.
Giraud (1975) explica que “o valor semântico de uma palavra é o seu sentido” e também afirma que “uma mutação semântica é uma mutação de sentido”. Em muitos casos o enunciado contido no ponto do jongueiro serve apenas para fazer a mensagem passar, deixando-lhe a possibilidade de refugiar-se por trás do sentido literal.
Ex: água com areia
Não pode combiná
Água vai imbora
Areia fica no lugá
Nota: água é o fazendeiro novo, inexperiente, sem prestígio político, que fracassa em seus negócios; areia é o proprietário antigo, poderoso, forte, que domina o município.
Manobras estilísticas é o termo empregado por (Ducrot, 1977) quando:
“a manifestação do conteúdo implícito repousa numa espécie de astúcia do locutor. Sabendo que o destinatário vai procurar as motivações possíveis do ato de enunciação realizado, e que , se acreditar na honestidade desse ato, vai interrogar-se sobre as conseqüencias dos fatos enunciados, o locutor procura trazer o destinatário para o seu próprio jogo e dirigir à distância seus raciocínios”.
O jongueiro procura sempre enredar os outros com jogos lingüísticos e manobras estilísticas, no sentido de provocá-los com palavras para testar sabedoria.
Ex:
Vim no seu caminho
Mas não vim furá pilão
Eu venho contá vaca
Não venho contá bezerro
Nota: “estou no seu caminho, mas sem má intenção, não vim brigar nem ofender, vim para as coisas de maior importância e não quero saber de ninharias”.
Ex:
Debaixo de papai velho
Menino tá sepurtado
Quero contá do meu ponto
Menino tá sepurtado”
Resposta do outro jongueiro:
Meu irmão sendo mais velho
Licença peço procê
Eu vô desinterrá menino
Pra nóis tudo aqui bebê.
Nota: “o chefe do jongo , companheiro do cantador desde a infância, enciumado com a sabedoria, enterrou uma garrafa de pinga debaixo do tambu”.
Ainda, segundo Ducrot (1977) as manobras estilísticas permitem ao locutor fazer com que o destinatário entenda o que se quer dizer sem ter dito, fugindo aos riscos que poderiam surgir com a explicitação. O ouvinte fica sabendo mas, ao locutor fica garantido o poder de negar.
Os jongueiros utilizavam, largamente, estas manobras em seus pontos, como se pode ver:
O pinto com o galo
Dorme junto no polero
Se o galo facilitá
O pinto canta primero.
Nota: galo, jongueiro velho; pinto , jongueiro novo. Todos juntos na dança, mas o galo deveria ter cuidado para que o mais novo não demonstrasse maior sabedoria.
Segundo Mangueneau (1996), o implícito desempenha um papel primordial onde “dizer , nem sempre é dizer explicitamente”; o dito e o não dito estão sempre entrelaçados no discurso onde “a pragmática concede todo o peso às estratégias indiretas do enunciador e ao trabalho de interpretação dos enunciados pelo co-enunciador. Muitas vezes o locutor enuncia o explícito para fazer o implícito passar, invertendo a hierarquia “normal” para chegar a seus fins”. Isso pode ser visto nesses pontos:
O mundo estava torto
São Pedro endireitô
Na sola do seu sapato
Corre água e nasce frô.
Nota: água, simboliza pinga; havendo água, há flor; havendo pinga, há alegria.
Eu vim de baixo
Sinhá me falô
Não catuca boi da guia
Que eu também sô guiadô.
Nota: boi da guia, é o principal, que dá direção aos outros. Um jongueiro estava provocando o chefe , e um outro avisa que não o melindrasse, que ele também era guiador, estava, portanto, ali, para defendê-lo.
Dandeiô, danda, bandeira de São Pedro,
Letrero de São João.
Nota: você diz que a coisa é uma, mas, a coisa é outra.
O implícito pode ser interpretado como um procedimento da fala que dá ao locutor a oportunidade de dizer alguma coisa sem precisar aceitar a responsabilidade de tê-la dito; ele pode beneficiar-se da “eficácia da fala e da inocência do silêncio”.
Esta linguagem cifrada passou por modificações a partir da abolição dos escravos. Os ex-escravos e seus descendentes não receberam um pedaço de terra para continuar trabalhando na agricultura, e então, foram migrando, principalmente, para a cidade do Rio de Janeiro. A chegada desta população procedente do Vale do Paraíba, do interior do estado, de Minas Gerais e do Espírito Santo, fez com que o Rio de Janeiro se tornasse a região do Brasil com maior número de jongueiros, quase todos radicados na região central da cidade.
Com a reurbanização do centro do Rio, na gestão de Pereira Passos, a população pobre foi expulsa dali. Essa população, de maioria negra, teve que subir para o alto dos morros, até então desabitado, inaugurando uma nova forma de moradia: - as favelas, onde o jongo continuou a ser praticado, gerando duas manifestações distintas. Uma foi a macumba, saída da linha mística, onde os jongueiros invocavam os antepassados. Outra é o samba, que veio da parte profana, voltada para o divertimento e a brincadeira.
Até hoje, alguns núcleos familiares de afro-descendentes persistem em manter viva a tradição do jongo.
No morro da Serrinha em Madureira, existe um grupo chamado “Jongo da Serrinha” liderado por Maria de Lourdes Mendes, “Tia Maria do Jongo”, hoje com 83 anos. Suas atividades vêm ampliando o potencial artístico do ritmo, atraindo a atenção do Brasil e do exterior para esse patrimônio cultural. 

Bibliografia

GIRAUD, Pierre. A Semântica. São Paulo: Difel, 1975.
DUCROT, Oswald. Princípio de Semântica Lingüística. São Paulo: Cultrix, 1977.
MANGUENEAU, Dominique. Pragmática para o Discurso Literário. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
RIBEIRO, Maria de Lourdes Borges. O Jongo. Rio de Janeiro: Funart, 1984.

CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. São Paulo: Melhoramentos, 1980.
Acesse: http://www.filologia.org.br/viiicnlf/anais/caderno13-04.html





Postado por Marciah Fonseca, em 09/02/2012






Falando de JONGO

Extraído dos anais do V Congresso de Letras da UERJ - São Gonçalo
Em entrevista, de ANICETO DO IMPÉRIO* nos diz que:

"O JONGO mata, JONGO não é brincadeira, o JONGO é das almas, e é importante que a senhorinha saiba que está conversando com uma pessoa do santo, eu sou do santo, aquilo ali é a casa das Almas e casa de Exu. É difícil eu me encanar, sabe, se eu lhe disser que sois linda é porque é, talvez não lhe diga que és linda porque é falta de princípio, mas também não lhe digo que és linda, fico na minha. Então o seu interesse de pesquisar é mais para ter patenteado, ter gravado como arquivo a declaração de a, b, ou c, mas não é maior no sentido da palavra. Mas como diz o baiano,‘não é buruburu de ofidam’ diz ele, burro, burra, burra. Estou lhe falando de cadeira, estou lhe autorizando, estou lhe dando autorga, me desminta, me chame de mentiroso se puder.

O Jongo é das almas, o Jongo DEVE SER INICIADO À MEIA NOITE, o Jongo EXIGE UMA FOGUEIRA, nesta fogueira UMA VASILHA COM ALGO DENTRO, deve ser ACESA UMA VELA, ao lado desta vela um COPO D’ÁGUA VIRGEM, LISO. O Jongo deve ser dançado com a INDUMENTÁRIA BRANCA, na falta de branca, ALVA. Mas eu tenho medo, sem força de expressão, o Jongo deve ser dançado descoberto, se é homem descoberto. São três atabaques em ordem crescente segundo o tamanho, candongueiro é pequeno e tem o som bem agudo, depois o angoma puíta, e depois desse o caxambu. Porque caxambu não é dança, não é ritual: o caxambu é um instrumento, e o RITUAL É O JONGO. O Jongo é pai de muitas outras músicas que existem por aí, o Jongo é pai de tudo isso ou mãe. O Jongo é muito respeitado, o Jongo mata, o Jongo carece até de cabeças maduras, pelo seguinte motivo: o JONGO É DEITADO NO METÁ-METÁ, o linguajar do caboclo e eu falar consigo dirigindo-me a ele. E tem que saber desamarrar, desatar aquilo, entender que é consigo o que eu estou falando."

(Apud MOURA, 1995, p. 139)

*Aniceto de Menezes e Silva Junior um dos fundadores da Escola de Samba Império Serrano e morador da Comunidade da Serrinha.

Acesse também:
GRIOT Cultura popular (Grupo no Facebook)
GRIOT Pesquisa, difusão, memória e tradição em cultura popular brasileira (Página no Facebook)


Falando de MARACATU de baque virado

Maracatu Embolado
Bangalafumenga

Composição: Rodrigo Maranhão
Minha batucada não tem cor
Sou da tribo do tambor
Pra rimar na embolada, desafio o cantador
No baque sou da virada
Bato o surdo tremedor

E o maracatu avisa
Que o maracatu chegou!

Minha batucada não tem cor
Sou da tribo do tambor
Pra rimar na embolada, desafio o cantador
No baque sou da virada
Bato o surdo tremedor

E o maracatu avisa
Que o maracatu chegou!

E chegou o rei da congada, pra rezar de madrugada
Na porta do meu amor, na porta do meu amor
Com seu vestido de chita, e com mais dois laços de
fita
Pra zombar da minha dor
Boto fé na batucada, que me leva na levada, junto do
meu pessoal
Batuqueiro de primeira
Vira surdo terceira, coisa natural

Minha batucada não tem cor
Sou da tribo do tambor
Pra rimar na embolada, desafio o cantador
No baque sou da virada
Bato o surdo tremedor

E o maracatu avisa
Que o maracatu chegou!

Minha batucada não tem cor
Sou da tribo do tambor
Pra rimar na embolada, desafio o cantador
No baque sou da virada
Bato o surdo tremedor

E o maracatu avisa
Que o maracatu chegou!

Meu batuque guerreiro
Eu vou levar
Meu batuque guerreiro
Vai me levar

Meu batuque guerreiro
Eu vou levar
Meu batuque guerreiro
Vai me levar
por Marciah Fonseca, 27/01/2012 às 17:09


Falando de BATUQUE/ SAMBA DE UMBIGADA


 

Documentário realizado sobre a implementação da cultura negra no ensino brasileiro. Pesquisa de Andreza Liliam Batista. Produção Grupo Kino-Olho sob apoio da Prefeitura e Secretaria da Cultura de Rio Claro.
Excelente trabalho... Viva a cultura popular brasileira!!!
Postado em 18/01/2012


Falando de FOLIA DE REIS
"VOU CAMINHAR QUE O MUNDO GIRA..." *

Giros e Flagras culturais do verão 2012


Olha o flagra!
No dia 7 de janeiro...

 Sentadas num bar vimos passar por nós a Folia de Reis... que maravilha, a tradição está viva!!!!

 
Fotos:
Andreia Fernandes
Marcia Fonseca


Edição de imagens:
Marcia Fonseca
 

GRIOT
 Produções


Folia de Reis Estrela do Oriente entrando no Bairro Sítio, em Arraial do Cabo, indo em direção a casa de uma família que tradicionalmente recebe a Folia no dia de Reis. Mesmo o Sr. Filhinho ja tendo falecido, D. Genésia faz questão de continuar recebendo a Folia! 
Andreia Fernandes
Postado em 16/01/2012

Um comentário:

Obrigada e bons ventos!